quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Vida e história dos Tincoãs



Surgido em 1960 na cidade de Cachoeira, o trio vocal Os Tincoãs conquistou a todos com seu repertório e suas vozes harmoniosas. Inicialmente o grupo era formado por Edivaldo Brito, Dadinho e Heraldo. O nome Tincoãs é originário de uma ave do cerrado brasileiro. No início da carreira o grupo interpretava canções românticas, boleros inspirados no Trio Irakitan. Os Tincoãs gravaram um disco intitulado Meu último bolero, que não alcançou muito sucesso. Erivaldo deixou o grupo no ano de 1963, em seu lugar entrou Mateus Aleluia. A partir daí o grupo renovou seu repertório e passou a interpretar cantos de candomblé, sambas de roda e outros cantos católicos. O grupo passou a fazer sucesso cantando as músicas relacionadas ao candomblé e às raízes africanas.

Em 1975 morre Heraldo, logo após o lançamento da música Banzo, trilha sonora da novela Escrava Isaura. No lugar dele entrou Morais. Morais ficou por pouco tempo, mas gravou o disco intitulado O Africanito, em 1975, terceiro do grupo. Pouco tempo depois Morais foi substituído por Badu. Em 1977 Os Tincoãs gravaram outro disco, onde se destacou a música Cordeiro de Nana.

Ida para a África

No ano de 1983 o grupo partiu para Luanda, na África, onde foram fazer uma temporada de uma semana, e lá ficaram. Na África, Os Tincoãs participaram de projetos da Secretaria de Estado da Cultura de Angola. Os projetos visavam identificar na cultura e na música brasileira valores angolanos, e realizar ligações entre o candomblé realizado no Brasil e o culto angolano.

Badu deixou o grupo em 1984, mas Dadinho e Mateus continuaram juntos. Em 1985 gravaram um disco no Brasil e lançaram em Angola. Trabalharam em Luanda, Lubango, Benguela, Namibe, Huambo e Bengo. Depois da morte de Dadinho, em 2000, o grupo se desfez.
Atualmente, Mateus Aleluia vive em Angola e Erivaldo Brito, formado em direito e jornalismo mora no Rio de Janeiro. Mateus lançou o primeiro CD solo, o álbum Cinco Sentidos no dia 15 de abril, no Teatro Jorge Amado, em Salvador. O CD revela influências da cultura afro-barroca. O grupo se desfez, mas com a certeza de que deixou um legado rico e importantíssimo para a cultura e música brasileira.

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